Presidente da Marcopolo, fabricante brasileira de carrocerias com grande presença no exterior, Rubens De La Rosa assumiu ontem a presidência rotativa do Conselho Empresarial dos Brics, que conta com cinco empresas de cada país. Segundo ele, o NDB pode ser um instrumento prático para o uso das moedas locais acontecer.
Em entrevista ao Valor na semana passada, o presidente do Banco de fomento da Rússia, Vladimir Dimitriev, defendeu que a utilização das moedas locais no âmbito dos Brics fosse acelerada.
Na avaliação do presidente da CNI, Robson Andrade, o Banco dos Brics poderá viabilizar o avanço dos investimentos da indústria nacional no exterior. "Para nós, é fundamental que promova financiamento em países como esses e que aceite como garantia a matriz da empresa no Brasil", disse. A troca de moedas está entre as demandas que o fórum dos empresários apresentará aos líderes do bloco.
Um ano após a criação do Conselho Empresarial dos Brics, na Cúpula de Durban, em 2013, membros do grupo lembraram da necessidade de que a associação apresente resultados concretos. Representante do empresariado russo, Serguei Katyrin disse que a sociedade vai cobrar ações efetivas do grupo e que por isso as discussões deveriam ser pragmáticas.
Na mesma linha, o chinês Ma Zehua disse que os governos podem delinear as estruturas do condomínio dos Brics, mas que cabe aos empresários "construir a mansão, tijolo por tijolo". Ele lembrou ainda que, apesar da desaceleração no crescimento dos países do bloco, ainda há muitas oportunidades de investimento mútuo e que os membros não podem deixar que diferenças e barreiras "ceguem" os empresários. Segundo De La Rosa, será sugerido ao governo brasileiro que atue para facilitar a emissão de vistos a empresários dos países dos Brics.
Fonte: Valor Econômico
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